A forma com que uma cidade é planejada, reflete diretamente no impacto socioeconômico dentre a população.
A proximidade entre os principais destinos, o acesso a oportunidades, espaços de lazer, espaços educacionais, dentre outros, interferem diretamente na desigualdade social e socioespacial.
Para diminuir esses impactos, iniciativas relacionadas à infraestrutura são de grande valor, assim como investimentos realizados em mobilidade urbana.
Entenda mais como essas questões se relacionam entre si para a busca de uma sociedade mais justa, igualitária e com mais oportunidades para todos.
Mobilidade e população
A estrutura de mobilidade urbana de uma cidade, interfere diretamente na qualidade de vida da população.
É preciso se certificar de que todas as pessoas terão acesso a pontos importantes da cidade, o que pode impactar no número de oportunidades que cada um consegue aproveitar.
Quanto mais distante dos grandes centros e quanto mais difícil for se locomover, menos as pessoas que moram em locais mais distantes terão acesso a novas oportunidades.
Além disso, são questões que impactam na qualidade desses indivíduos, que muitas vezes, para se locomover, precisam se planejar com grande antecedência e ter prejuízos até mesmo em sua noite de sono, o que é estritamente prejudicial à saúde.
Investimento em transporte público
Os investimentos em sistemas de transporte público de qualidade são essenciais para combater essa realidade.
Um exemplo bem sucedido é a cidade do Rio de Janeiro que está investindo na ampliação da frota do BRT e já está colhendo bons resultados.
Com a chegada de mais de 100 novos ônibus articulados, fornecidos pela Guanabara Diesel, empresa do grupo de Jacob Barata Filho, foi possível reduzir o tempo de intervalo entre os ônibus em até 70% em diversos corredores da capital fluminense.
Outro ponto positivo foi o aumento de 25% no número de usuários após a chegada da nova frota do BRT.
Desigualdade socioespacial
A desigualdade socioespacial é algo que acompanha o desenvolvimento de todas as cidades. A forma com que a cidade é gerenciada e até mesmo a maneira com que as estruturas gerais vão sendo formadas, impactam nessa desigualdade.
O resultado disso é um ciclo interminável de separação territorial, onde de um lado você enxerga condomínios de luxo, e de outro, periferias vão sendo mais afastadas das regiões centrais e mais oportunidades vão sendo dificultadas.