A Determinação de Frank Geyer Abubakir Unipar

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O Futuro do Brasil – por Frank Geyer Unipar

No artigo “A qualidade de não ter qualidades”, Frank Geyer Abubakir Unipar, presidente do conselho da Unipar, começa dizendo que a pergunta “Do que o que o Brasil precisa de mais urgente, mais estruturante, já em 2022?” é um desafio.

O executivo destaca que não é do mundo político-partidário, eleitoral ou eleitoreiro e que se considera “um homem sem qualidades – ou melhor, um homem sem dons especialmente brilhantes”, referindo-se ao escritor e político Vargas Llosa ao citar Jean-François Revel. O homem que não é agraciado com algum talento, precisa, sempre, sair da zona de conforto e deixar de lado a arrogância, encarando a realidade. Apesar de ser um leitor voraz e ter a habilidade de falar sobre muitos conceitos, Frank Geyer Abubakir, muitas vezes, não se considera capaz de explorar os detalhes dos assuntos. 

Mas o executivo também não nega a “responsabilidade de pensar o concreto”, sem esquecer que é necessário aplicar as estratégicas na realidade empírica. Ele próprio oferece a direção conceitual e faz o acompanhamento da implantação. Além disso, para ele, quanto maior o sistema considerado (como um país ou uma grande organização), menor deve ser a quantidade de estratégias adotadas. 

Para exemplificar esse ponto de vista, Frank Geyer Abubakir se vale da metáfora do barquinho à vela, cujo tamanho permite que as decisões e ações tomadas sejam práticas e diretas. Já no caso de um transatlântico, isso não aconteceria, porque o capitão não consegue, por exemplo, colocar um parafuso na turbina, sem perder o rumo do navio. 

Frank Geyer Abubakir Unipar e sua herança empreendedora

Em seu artigo, o presidente do conselho da Unipar S/A destaca que tem uma herança familiar de seis gerações de empreendedores acostumados a assumir grandes riscos, desde João Teixeira Soares, avô de seu bisavô, responsável pela construção da ferrovia Curitiba-Paranaguá. 

Frank Geyer enxerga que o desafio é falar da dimensão conceitual e empírica ao mesmo tempo, considerando tanto o curto, como o médio e o longo prazo. Para reafirmar seu argumento, retoma as palavras de Samuel Taylor Coleridge: “A luz que a experiência nos dá é de uma lanterna na popa, que ilumina apenas as ondas que deixamos para trás”.

Para o executivo carioca, há muito o que fazer em relação ao Brasil. Seu artigo destaca que a imensidão do sistema a ser melhorado demanda que a escolha das iniciativas para esse objetivo sejam cuidadosas. Seria preciso, portanto, focar em apenas algumas ações mais eficientes, permitindo que o sistema tenha alguma reação e se adapte à nova realidade, também para avaliar o que funciona melhor, na esteira de Sir Karl Popper e sua Open Society. O empresário afirma que essa perspectiva é reforçada no Brasil, em que há muito o que ser construído, tornando o país um lugar de várias possibilidades.

Em resumo, o artigo de Frank Geyer defende que é preciso tanto discutir problemas mais gerais e conceituais, assim como sua aplicação prática. Então, seria necessário, ao mesmo tempo, ter um pensamento mais amplo e colocar a mão na massa. Nesse cenário, dois grandes temas se apresentam: a privatização e a reforma tributária.  

Para o executivo, “bom-senso é privatizar o que não é função do estado”. De acordo com o presidente do conselho da Unipar, apenas dessa forma o poder público conseguiria se concentrar no que realmente precisa, questões como educação, saúde e segurança. Essa seria a forma de garantir a dignidade para os cidadãos que, a partir daí, construiriam o seu futuro. 

Em relação às discussões sobre o sistema tributário, Frank Geyer afirma que prefere não arriscar uma opinião muito pontual, já que seria preciso considerar uma visão geral e o sistema tributário brasileiro como um todo para obter um diagnóstico preciso da situação.  Para exemplificar seu ponto, afirma que países com grandes taxações de dividendos costumam não fazer cobranças sobre ganho de capital. Já outros países não cobrariam sobre herança, mas sobre patrimônio sim. 

Ao referir-se a Benjamin Franklin e à sua “certeza da inevitabilidade da morte e dos impostos”, Frank Geyer acredita em simplificar a cobrança dos impostos, para incentivar a produtividade e criar condições mais inclusivas. 

O empresário afirma acreditar “em gestos e em convergência de interesses honestos” e mostra sua resistência ao que considera “discursos da moda” e “posar de bonzinho”. Reforça seu ponto de vista a partir da ideia de que é necessário equilibrar responsabilidade e retorno, tanto financeiro, como coletivo, na busca por um ambiente mais saudável.

Assim como abriu seu artigo com uma questão, Frank Geyer Abubakir finaliza seu texto com a seguinte pergunta: “Do que o Brasil precisa, já em 2022?”. Para o executivo, o país não precisaria de “salvadores da pátria, de ídolos das massas”, mas de “homens comuns”, que saibam qual o seu dever e tenham a responsabilidade de cumprir seu papel, pautando-se pela ética que essa posição política demanda.

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